Cirurgia bariátrica
não é indicada para todo obeso, alerta cirurgião
O excesso de peso atinge
hoje 54% dos homens e 48% das mulheres no Brasil. Em alguns casos mais graves,
dependendo do grau de obesidade, para que a pessoa perca peso é recomendada a
cirurgia bariátrica, também conhecida como redução de estômago.
Segundo o endocrinologista
Gregório de Lima Souza, a cirurgia não é indicada para qualquer pessoa que
sofra de obesidade. “Hoje, definida pelo Conselho Federal de Medicina, ela está
indicada para pacientes obesos moderados, classificados pelo Índice de Massa
Corporal (IMC), que é calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado.
Portanto, para o paciente com IMC acima de 35, ou seja, de grau 2, com alguma
doença associada, como hipertensão, diabetes, colesterol, artroses graves e
apneia do sono, a cirurgia é indicada. Ou para o obeso mórbido, aquele paciente
que tem IMC acima de 40, considerada obesidade grave. Para esses casos, a
cirurgia tem a sua indicação”, explica.
No entanto, para que o obeso
realmente possa se submeter à cirurgia de redução de estômago, é preciso que
ele tome alguns cuidados no período pré e pós-operatório. “A cirurgia é a parte
mais simples de todo o processo. Na verdade, o que é necessário é que, com a
cirurgia, ocorra uma mudança de hábito. É isso que vai promover um bom
resultado em longo prazo. Então, os cuidados devem surgir antes da cirurgia,
com o controle das doenças associadas, com certo grau de perda de peso, porque
ser submetido ao procedimento com grande excesso de peso e com doenças
descontroladas aumenta os riscos cirúrgicos”, alerta.
Além disso, o médico
recomenda que o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar,
formada por assistente social, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista,
endocrinologista e cirurgiões, buscando abranger os vários aspectos do ser
humano que a obesidade afeta. “No pós-operatório, esse paciente deve ser
submetido a consultas regulares com o cirurgião e toda a equipe. Em geral é
necessário cuidado com a questão nutricional, através de uma dieta pastosa e
que só depois vai evoluir na consistência, o que requer todo um aprendizado por
longo tempo. O aspecto emocional também é importante para a perda de peso do
paciente que busca outros meios ao invés da fuga na comida. Além disso, sabemos
que são necessárias algumas reposições de vitaminas e minerais após a
cirurgia”, completa o especialista.
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