Pesquisa faz parte da maior
observação contínua da saúde durante o envelhecimento no hemisfério sul
Problemas de ereção são muito
comuns e ocorrem em aproximadamente um a cada cinco homens com mais de 40 anos
A disfunção sexual masculina assinala uma doença cardiovascular
"silenciosa" e maiores riscos de morte prematura por qualquer causa,
aponta um estudo divulgado nesta terça-feira (29) pela revista "Public
Library of Science" (PLoS). A pesquisa, que aconteceu na Austrália sobre o
histórico de hospitalização e as mortes de 95 mil homens maiores de 45 anos,
faz parte da maior observação contínua da saúde durante o envelhecimento no
hemisfério sul.
Emily
Banks,
diretora científica do estudo, comenta:
—
Os riscos de futura doença cardíaca e morte prematura aumentam de maneira clara
com a disfunção erétil, tanto nos homens com um histórico de doença
cardiovascular como nos demais.
Segundo
Banks, a disfunção da ereção, "mais do que causar a doença cardíaca, é um
sintoma ou sinal de um problema cardíaco subjacente e pode se transformar em um
indicador que ajudará os médicos a observarem o risco cardiovascular".
—
Esse é um assunto delicado, mas os homens não devem sofrê-lo em silêncio. Há
muitos tratamentos eficazes tanto para a disfunção erétil como para a doença
cardiovascular.
A
pesquisa dirigida por Banks,
que é professora da Universidade Nacional da Austrália, examinou
o histórico médico e as mortes de 95.038 homens, dos quais mais de 65 mil não
tinham diagnóstico de doença cardiovascular no começo do estudo.
Os
indivíduos analisados tinham idades compreendidas entre 45 e 106 anos, com
idade média de 62 anos. Durante o período de 2,2 anos finalizado em junho de
2010, houve nesse grupo 7.855 casos de hospitalizações por doença
cardiovascular, e 2.304 mortes durante o acompanhamento de 2,8 anos encerrado
em dezembro de 2010.
O
artigo assinala que os problemas de ereção são muito comuns e ocorrem em
aproximadamente um a cada cinco homens com mais de 40 anos.
—
Essa dificuldade tende a crescer com a idade e, embora possa ser um sintoma
inquietante e estressante, se reconhece cada vez mais como um indicador
importante de problema cardiovascular.
No
estudo, a disfunção sexual grave, segundo informações dos próprios indivíduos,
afetava 2,2%
dos homens com idades entre 45 e 54 anos; 6,8% entre 55 e 64 anos; 20,2% entre
65 e 74 anos; 50% entre 75 e 84 anos, e 75,4% dos maiores de 85 anos.
Outros
estudos já haviam demonstrado que os homens com um problema grave de disfunção
sexual têm mais chances de sofrer problemas cardiovasculares como um ataque
cardíaco ou um infarto. A pesquisa australiana, no entanto, é a primeira que
revisou os dados relacionados com todos os níveis de disfunção sexual masculina
desde zero, passando por leve, moderada e grave.
Em
termos gerais, a prevalência da disfunção sexual grave foi mais alta entre os
homens fumantes, com renda mais baixa, menor consumo de álcool, nível mais
baixos de educação e os solteiros e viúvos. O problema também foi mais comum
entre diabéticos, cardíacos e homens que passavam por tratamento para
hipertensão ou alto nível de colesterol.
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