Dieta
mediterrânea reduz em 30% risco cardiovascular
Uma dieta mediterrânea, rica em azeite de oliva,
frutas secas, peixe, frutas frescas, vegetais e vinho reduz em 30% o risco de
uma pessoa sofrer doenças cardiovasculares, segundo o maior
estudo sobre o tema publicado até hoje nos Estados Unidos.
"Comprovamos que uma dieta alimentar mediterrânea sem restrições quantitativas, completada com colheradas de azeite de oliva ou de frutas secas, reduz substancialmente o risco de crises cardíacas e acidentes vasculares cerebrais em pessoas que têm mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares",
escreveram
os autores do estudo, dirigido pelo doutor Ramón Estruch, professor de medicina
da Universidade de Barcelona.
Os participantes foram
divididos em três grupos, um deles de controle.
O primeiro grupo continuou uma dieta mediterrânea tradicional, com um consumo de ao
menos quatro colheres de sopa de azeite de oliva no seu cotidiano.
O segundo grupo, também submetido a uma dieta mediterrânea, deveria consumir cerca
de 30 gramas de uma variedade de nozes, amêndoas e avelãs todos os dias, ao
invés do azeite de oliva.
Os participantes destes dois grupos consumiram ao menos três porções de frutas e duas de verduras a
cada dia. Eles tinham também que comer peixe três vezes por semana, evitar a
carne vermelha e dar preferência à carne branca, como o frango. O grupo ainda
deixou de consumir bolos ou alimentos industriais e limitou seu consumo de
produtos lácteos ou carnes de porco processadas, como a salsicha.
Aqueles habituados a beber vinho durante as refeições puderam tomar
ao menos sete taças por semana.
Os pesquisadores observaram que os participantes que mantiveram a
dieta mediterrânea ao medir o hidroxitirisol na urina, um marcador do consumo
de azeite de oliva. Para as nozes e as amêndoas, determinaram o nível de ácido
linoleico no sangue.
Os autores estimam que "os suplementos de
azeite de oliva e de frutas secas explicam provavelmente a maior parte dos
benefícios observados na dieta mediterrânea nos dois grupos".
Segundo eles, o estudo permite comparar os efeitos desta
alimentação com a atual dieta ocidental, na qual a carne vermelha, os alimentos
industriais e os refrigerantes ocupam um importante lugar.
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