PESSOAS
CASADAS CORREM MENOR RISCO DE INFARTO, DIZ ESTUDO.
Nova pesquisa ainda mostrou que, em ambos os sexos, a vida conjugal também aumenta a chance de sobrevivência após um ataque cardíaco
Uma nova pesquisa feita na Finlândia revela que
pessoas casadas são menos propensas do que as solteiras a ter um ataque
cardíaco e apresentam maiores chances de se recuperar caso sofram algum evento
do tipo. O estudo, publicado nesta quinta-feira na revista colaborar com a ideia de que o casamento
pode ser um dos segredos para garantir uma boa saúde do coração, já que
trabalhos recentes vêm observando que indivíduos que vivem com um parceiro
tendem a ser mais saudáveis do que quem vive sozinho.A pesquisa foi feita na Universidade de
Turku, na Finlândia, e se baseou nos dados de 15.330 pessoas com mais de 35
anos que já haviam sofrido algum evento cardíaco agudo, fatal ou não fatal.
Quase metade desses participantes morreu no período de 28 dias após o ataque
cardíaco.De acordo com o estudo, homens solteiros de
todas as idades tiveram um risco de 58% a 66% maior de sofrer um ataque
cardíaco do que os casados. Para as mulheres, os benefícios do casamento foram
até maiores: as solteiras foram 60% a 65% mais propensas a sofrer eventos
coronarianos do que as casadas. Além disso, a vida conjugal também reduziu
consideravelmente a mortalidade por ataque cardíaco. Entre homens solteiros, o
risco de morrer em até 28 dias após um infarto foi entre 60% a 168% maior em
comparação com os casados. Para as mulheres, ser solteira elevou essa chance em
71% a 175%.
Motivos — De acordo com os pesquisadores, esses resultados podem ser
explicados, em parte, pelo fato de que pessoas casadas tendem a apresentar
hábitos mais saudáveis, além de possuírem uma rede de apoio mais ampla. "O
pedido de ajuda para um paciente que está tendo algum problema cardíaco foi
feito mais rapidamente e com mais frequência entre pessoas que eram casadas ou
que viviam juntas”, dizem os autores. Eles também consideram que fatores
psicológicos da satisfação conjugal podem interferir na saúde cardíaca.
"Sabe-se que as pessoas solteiras são mais propensas a sofrer depressão e,
segundo um estudo anterior, a depressão parece ter um efeito adverso sobre as taxas
de mortalidade cardiovascular", diz Aino Lammintausta, que coordenou a
pesquisa.
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