INFARTO EM MULHERES
Ausência de sintomas dificulta diagnóstico
Os exercícios físicos
ajudam a evitar problemas cardíacos
Ao pensar em infarto,
deixe de lado o quadro clássico narrado pela maioria dos pacientes, que é a dor
forte no peito que se espalha pelos braços. Isso porque o infarto pode
apresentar outros sinais, e em se tratando de mulheres os sintomas podem não
ser tão evidentes assim, alerta o médico cardiologista Sérgio Latuf. Algumas
doenças não acometem homens e mulheres da mesma forma, observa ele. E conhecer
as diferenças pode evitar transtornos e até finais inesperados. Embora até há
pouco tempo atrás o infarto fosse mais comum nos homens, nos últimos tempos a
sua incidência nas mulheres, principalmente com idades a partir dos 40 anos,
tem sido significativa e preocupante, destaca Latuf.
O especialista cita
estudos realizados no Brasil, que apontam que as mulheres com mais de 40 anos
apresentam as mais altas taxas de doenças do coração da América Latina. Tais
índices chegam a superar os de mortalidade de tumores de útero e de mama
juntos, ressalta o médico Sérgio Latuf. As doenças cardiovasculares,
acrescenta, são responsáveis por um terço de todas as mortes de mulheres no
mundo. Os dados apontam aproximadamente 8,5 milhões de mortes/ano. "O
infarto afeta cada vez mais mulheres e cada vez mais cedo", comenta.
As justificativas para
esse aumento de mulheres com doenças cardiovasculares são diversas. Entre elas
está a mudança no comportamento e o estilo de vida que alteraram sobremaneira
sua qualidade de vida, acredita o médico. Ele aponta o aumento da sobrecarga
como um dos principais motivos. Também cita um levantamento que indica que pelo
menos 45% das mulheres são chefes de família no Brasil, e que muitas ocupam
cargos de liderança no trabalho, antes ocupados por homens.
Fatores de risco
Hipertensão arterial,
diabetes, colesterol alto, menopausa, tabagismo, obesidade, sedentarismo,
estresse e depressão são citados pelo cardiologista como os grandes causadores
do problema. Latuf alerta sobre o risco cardiovascular para as mulheres que
fumam e usam pílula anticoncepcional. Nesses casos, segundo ele, o risco é seis
vezes maior. Outro agravante na mulher está relacionado à dificuldade de
diagnosticá-lo. O médico não descarta a possibilidade de que o aumento do
diagnóstico do infarto seja, na verdade, parte do motivo da alta nas
estatísticas.
As diferenças nos
sintomas nas mulheres chamam a atenção e dificultam seu diagnóstico, de forma a
retardar o tratamento, destaca. Enquanto no homem se caracteriza principalmente
pela dor no peito, nas mulheres, em geral, surge palpitação, falta de ar e mal-estar,
desconforto digestivo, dores nas costas, entre outros. Latuf explica que os
sinais podem até ser relacionados à menopausa, estresse ou crises de pânico.
Até pela ausência de sintomas (mesmos que dos homens), as mulheres demoram mais
para procurar um médico e descartam as suspeitas de ser algo mais grave,
justifica.
Atendimento especializado
O cardiologista Sérgio
Latuf informa que o diagnóstico precoce de um infarto é fundamental para a
sobrevivência e até para a redução de danos ao coração. Outro estudo citado por
ele foi apresentado no American College of Cardiology, envolve 3 mil mulheres
que tiveram eventos cardiovasculares (infarto, derrame, angina). O estudo
revelou que as mulheres morrem mais porque dificilmente recebem, nesses casos, as
mesmas análises e tratamentos dados aos homens. O estudo conclui que a mulheres
têm duas vezes mais riscos de morrer de infarto após 30 dias que os homens.
As unidades de
emergência, de preferência as especializadas em doenças coronárias, devem ser
as portas de entrada do paciente, onde deve ocorrer o primeiro atendimento em
caso de qualquer suspeita de infarto, orienta o médico. Ele explica sobre a
existência de um protocolo internacional de atendimento que deve ser seguido
pelo médico, no qual uma série de procedimentos e diagnósticos são realizados,
e para que o tratamento seja feito o mais rápido possível. Por outro lado, se
quem acompanha o paciente for leigo, a melhor coisa a fazer é levar a um
serviço de pronto-atendimento. "Não tente fazer diagnóstico por conta. Lá,
profissionais capacitados o farão."
Latuf explica que o
tratamento é feito através de medicações via oral e venosa, assim como
procedimentos invasivos (cateterismo e angioplastia se necessário).
"Quanto mais rápido e eficaz é o diagnóstico, melhor é o prognóstico
(evolução da doença)." Os cuidados do pós-infarto também são fundamentais:
manter o peso ideal, manter o colesterol na faixa preconizada (em pacientes que
já apresentaram algum problema cardiológico os níveis de colesterol devem ser
abaixo da população geral); atividade física supervisionada; não fumar; não
beber; e controlar outras doenças que eventualmente possa apresentar.
A orientação para prevenir doenças, em especial as cardiovasculares, e
manter qualidade de vida são essenciais para todas as pessoas, independente do
sexo, segundo o especialista. Ele indica a prática de atividades físicas de
forma regular, pelo menos três vezes por semana; bons hábitos alimentares,
incluindo no cardápio frutas, verduras, legumes, carnes magras e cereais
integrais; não abusar de bebidas alcoólicas; não fumar; e cuidar do lado
emocional. Latuf esclarece que o estresse e a depressão são nocivos ao coração.
Outro cuidado é fazer avaliação médica regularmente.
Amigas, não gosto de postar notícias
que nos deixam pra baixo, no entanto esta informação é tão importante quanto
respirar...tenho fortes motivos para fazer alertas neste sentido. em postagens
que virão posteriormente as amigas entenderão
direitinho...tenham sempre a certeza que fazer exames, ainda que sejam
rotineiros é muito importante.
Aproveitando gostaria de lembrar a
vcs a importância de exames do câncer de mama, fiquem atentas...
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